Às vezes eu me questiono se chegará o dia em que a humanidade entenderá que vive num mesmo canto, num mesmo abraço e respiro do criador.
Às vezes eu me questiono se chegará o dia em que a humanidade entenderá que essa não é a vida real, que este é apenas um sopro de nossa existência.
Às vezes eu me questiono se chegará o dia em que dia nos lembraremos de que somos a mesma luz, a mesma energia e o mesmo amor.
Às vezes eu me questiono se chegará o dia em que dia aprenderemos que o milagre da multiplicação se dá com a justa divisão dos frutos da Terra.
Nesses momentos eu olho em volta e tenho a certeza de que sim.
Há muitos de nós servindo como faróis em seus pequenos mundos.
Há muitos de nós guiando através do exemplo.
Há muitos de nós carregando consigo uma pequena plataforma, convidando as pessoas a nela subir e enxergar a vida sob uma perspectiva diferente.
Há muitos de nós permitindo, através da própria libertação, que as pessoas se expressem, se acolham e se curem.
Quanto maior o desvio, quanto maior a soberba, quanto maior a ganância, quanto maior a ilusão de separação, tão maior será a onda de luz, amor e unidade que banhará o planeta e promoverá o retorno ao estado de equilíbrio.
Deixe-se fluir com a onda de luz, como quem aquece o corpo cansado em um colo amoroso. Entregue-se. Aqui não há necessidade de controle. Há confiança, há humildade, há acolhimento.
Somos filhos de Deus e fomos criados à sua imagem e semelhança.
Como disse Carl Sagan, estamos todos embarcados em um pálido ponto azul, que gira em torno de si, em torno do Sol e através do Universo a uma velocidade inacreditável.
Em torno desse ponto azul há um satélite que dança em seu próprio ritmo, coordenando os nossos ciclos corporais e as marés e, graças à gentileza do sol que lhe empresta o seu brilho, produz lindíssimos espetáculos no céu.
Um pouco mais afastado, há um planeta de proporções gigantescas que se coloca a serviço como um anteparo, como um escudo, atraindo para si todos os corpos que poderiam atingir o pequeno planeta em que vivemos.
Está claro que há um maestro muito habilidoso e gentil coordenando essa orquestra. Coordenando a nossa vida.
Tudo o que há não é apenas funcional e indispensável, também nos mostra que precisamos trabalhar em conjunto, um servindo ao outro.
Somos instrumentos que podem optar por seguir as ordens do maestro e tocar em harmonia, ou, cada um a seu ritmo, servir apenas à própria vontade (sem produzir resultado nenhum).
A partitura foi estrategicamente posicionada: está fora da sua zona de conforto.
Thiago Strapasson e Talita Rebello - 27 de junho de 2016
Fonte: http://coracaoavatar.blog.br/
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