Quantos percalços alimentam aqueles que não se despiram do
juízo de valor quando ao certo e errado, entre o novo e o velho, e atraem para si
as experiências de desilusão da vida. Pois mais fácil seria se, a partir da aceitação,
a bruma que cerra os olhos se desfizesse, quando poderiam compreender o amor
que arde nos olhos dos que já não alimentam a esperança ou guardam lembranças
do passado.
O amor daqueles que se mantém presentes, apoiados em seus
corações, e que compreendem que tudo se transforma segundo a vontade divina de
tudo que há, e que assim se mantém apoiados na vibração do agora. Esses não
paralisam o processo pela ansiedade sobre aquilo que será do futuro, mas também
não temem repetir os erros do passado. São os libertos que conseguem visualizar
tudo que há no agora e que alimentam a gratidão do coração por esse momento.
Vocês todos passam por esse momento de divisão, entre o ano
que se foi e aquele que chega. E nesse momento muitas esperanças são postas diante
dos olhos desesperançosos que voltam ao passado.
Mas saibam, meus irmãos, que tanto a esperança do futuro
quanto a desesperança do passado são nada mais que momentos quânticos que se
deslocam no tempo. E não há nada que possa os separar desses dois momentos, porque
o corpo se encontra no presente e nele nada se modifica.
O vento bate aos olhos no agora, assim como o sol os aquece
com o calor ou molha o corpo com as águas do verão. Fora disso são projeções
silenciosas que nada dizem sobre o que representam nesse exato momento. Se
pudessem visualizar a mágica desse momento saberiam que os alicerces são
fixados na vigília da vibração presente e que, fora desse instante, possuem
apenas representações que poderão ou não os conduzir à decepção quanto ao que
esperavam.
Meus amados, os incautos que se vangloriam quanto aquilo que
fizeram ou farão são justamente os que ainda são incapazes de simplesmente
permitir o presente a fluir. Ficam a todo tempo projetando a sensação de
esperança quando ao futuro porque no fundo não aprenderam a viver no presente,
ou se ressentem do passado porque, da mesma maneira, não aprenderam a respeitá-lo.
Mas dos alicerces que se formam nesses tempos poderão aprender
justamente a estar presente diante daquilo que são. Ainda que isso seja o nada,
pois do nada tudo podemos se não nutrimos expectativas quanto ao futuro, ou
rancor quanto ao passado.
E muitas vezes a vida nos traz momentos de simples reflexão,
onde precisamos parar justamente para nos mantermos presentes em nosso coração.
Deste momento mágico saíra a vibração necessária que alimentará um futuro glorioso
de amor e compaixão por todos aqueles que muitas vezes se colocam em nosso
caminho como obstáculos a progredirmos.
Saibam que a esperança daqueles que estão a aguardar o novo
refletem a desilusão com o presente, mas aqueles que transcenderam o próprio
tempo são aqueles que buscam apenas estar bem no agora. E estar bem no agora
muitas vezes demanda decisões ásperas ou duras, porque são elas que podem nos
garantiram a paz.
Assim nasce a compaixão, a partir da irradiação do amor
presente. A compaixão não é feita de elementos programados, mas está guardada
no coração que vive o presente a cada momento, que se expande a irradiar o próximo
e estender a mão da solidariedade desinteressada. Aquele que programa mentalmente
sua compaixão se afasta dela, porque não age a partir do sublime sentimento que
transborda do coração a elevar o mundo de amor.
Meus filhos, vocês todos chegam a um momento que precisam
compreender algo tão simples, a mágica de simplesmente viver o presente como
ele se apresenta, sem expectativas e ansiedade, sem esperar nada, mas apenas
trabalhando em prol do amor a todos.
E não há nada de errado em simplesmente permanecer silente
diante da morbidade com que a grande maioria das pessoas vive sua vida,
projetando elementos que virão de maneira inesperada a tocar os corações
inquietos de rancor ou cheio de expectativas quando ao novo que brotará das
estranhas do agora.
Hoje o caminho se abre, hoje ele nasce e nada os retira
dessa situação. Apenas, portanto, vivam os elementos mágicos que o presente os traz
e permitam que a paz os tome. Tudo aquilo que fizeram ou que farão já não
existe, senão na mente inquieta que transige em olhar ao lado para refletir
sobre a quantidade de oportunidade que a vida apresenta.
O ano novo não se inicia dia primeiro, mas ele se inicia no
próximo minuto, na próxima respiração. Ele está no sorriso ou na lágrima da agora.
Assim fazemos o ano novo como um ano de amor e prosperidade, vivendo a vida a
partir desse olhar do agora, de sentir a vibração do corpo e saber a partir
dessa sensação se manter em paz e amor.
Estejam em paz, Filhos, todos vocês.
Sou El Morya
Canal: Thiago Strapasson - 19/12/2017
Fonte: www.coracaoavatar.com.br
GRATIDÃO É TUDO QUE TENHO E POSSO DIZER, AOS MESTRES DO MEU AMOR POR PARTICIPAR DESSA PAGINA MARAVILHOSA!
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