Quanto nos consome aquilo que depositamos expectativas.
Quanta energia posta em algo que só existe em nosso plano mental? Endurecemo-nos
quando a ansiedade pelo resultado nos domina. Travamos o fluxo de nossa intuição
ao ansiarmos um resultado.
Quanta dor e sofrimento poderiam ser evitados se
simplesmente aprendêssemos a confiar no fluxo dos acontecimentos? Mas não,
projetamos, analisamos e criamos regras de como gostaríamos que fosse, da
maneira como seríamos mais felizes.
Essa projeção mental quanto a um resultado específico,
quanto à esperança que depositamos em vivenciar algo na exata maneira que
acreditamos que deveria ser, é justamente o que nos fecha a continuar com
alegria, que nos afasta daquilo que simplesmente estava fluindo.
E é por isso que não adianta projetarmos, criarmos formas
para vivermos a felicidade.
O que realmente precisamos aprender é confiar no fluxo, pois
tudo que está destinado a ser, de uma maneira ou outra, nos será trazido. Não
precisamos ansiar, aguardar uma melhor maneira de viver. A melhor forma de se
experenciar a vida é simplesmente buscar a paz do agora, confiando que tudo
virá ao nosso encontro.
E embora a vida, por tantas vezes, já tenha nos demonstrado
que o resultado vem justamente quando não esperamos, quando não estamos
aguardando, nós simplesmente não somos capazes de confiar que é assim.
Estamos controlados pelo ego que deseja impor sua vontade ao
mundo. Saímos então de maneira impositiva exigindo das pessoas, das situações,
dos ambientes, o resultado que esperamos.
Mas no fundo, ao assim fazermos, travamos o fluxo de nossa
vida. Afastamos pessoas que estavam dispostas a nos ajudar, deixamos de aceitar
aquilo que foi trazido a auxiliar-nos. Entramos em um processo mental de
controle das situações que impede que o fluxo se dê com graça e naturalidade.
Com essa atitude apenas irradiamos nossa insatisfação com o
presente, demonstramos a falta de aceitação da vida.
Mas quando respiramos, quando deixamos de ansiar pelo
resultado, simplesmente tudo se vai, tudo se solta, já não há mais cobranças,
nem expectativas. E assim, de uma maneira que jamais esperamos, a vida começa a
se transformar.
Saímos da energia do medo quanto ao resultado, da ansiedade
por saber como tudo se fará. E entramos numa energia mais suave de aceitação. E
é quando começam a nos ser trazidas as experiências mais suaves.
Pois no fundo, cada gota de sofrimento que trazemos quanto aos
resultados são trazidas por nossa impaciência, por nossa falta de perseverança
e confiança no processo. Mas tudo começa a se suavizar, a se tranquilizar,
quando saímos desse nível de energia e entramos em outro mais compassivo com
tudo que vivemos.
É nosso nível de vibração que determina a maneira como as
experiências nos serão trazidas, se travadas, presas, de maneira a não se
desenvolverem, ou suaves, livres, quando temos a liberdade de sentir o momento,
de sentir o melhor e caminhar diante de cada circunstância sem aquela velha e
rígida programação.
Abrimo-nos às mudanças, e aquilo que se modifica já não nos
assusta. A mudança vem e sabemos que assim é o fluxo, apenas nos harmonizamos a
esse novo sem sofrer.
Assim a ansiedade deixa de existir, porque deixamos de
projetar a maneira perfeita e passamos a compreender que o perfeito é a forma
como a experiência é vivenciada e não a maneira que projetamos em nossa mente
calculista e temerosa.
E assim a vida se faz mais suave, livre, solta e se torna
mais criativa e alegre. Simplesmente porque ficamos em nossa paz do presente ao
invés da incerteza do futuro.
Thiago Strapasson 16/01/2018
Fonte: coracaoavatar.blog.br
Gratidão! Precisava ler isso.
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